Tive oportunidade de ler a entrevista que o Ministro da Educação deu à "Única". Consta que em jovem, muito por culpa de Claparède, teve uma visão romântica da aprendizagem e que com o tempo foi acreditando nos exames como remédio para os maus resultados. Consta que se auto-avalia de liberal, que é um entusiasta da astronomia e que conhece uma aplicação para telemóvel que permite apontar para uma estrela e ficar a saber como se designa. Não consta no texto da entrevista, mas temo que acredite que apontando, o que há-de sobrar da 5 de Outubro e das Direcções Regionais de Educação, consiga identificar as constelações entrincheiradas em algumas Escolas e em algumas Autarquias. Acreditar no virtuosismo e na eficácia da propalada autonomia sem dimensão, com duvidosa legitimidade democrática e sem uma avaliação verdadeiramente externa e verdadeiramente rigorosa, é um sinal que a visão romântica assessora o Ministro mesmo aos 59 anos.
Eu que sempre fui (aluna) interna, o meu receio é o de virar (avaliadora) externa, que isto de nos colocarem na "bolsa", da maneira que as bolsas andam, não augura nada de bom...
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